A comissão de transição da gestão da prefeita eleita em Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli (PL), coordenada pelo vice-prefeito eleito Téo Cusatis (PSD), se reuniu na manhã desta quinta-feira (21), com técnicos da Secretaria Municipal de Saúde para obter informações sobre contratos e funcionamento das unidades de saúde.
No período da tarde, o grupo, acompanhado do cirurgião-dentista Claudio Miyake e da presidente da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, Maria Camila Lunardi, visitou a Santa Casa.
A equipe de transição escolhida pela prefeita eleita Mara Bertaiolli e pelo seu vice, Téo Cusatis, trabalha desde o dia 1º de novembro, quando o grupo foi oficialmente composto.
No que se refere a saúde, a intenção do vice, que atuou por cerca de 10 anos como secretário de Saúde de Mogi, é avaliar o funcionamento e custos das unidades de saúde que compõem a rede municipal, e trabalhar para que, na próxima gestão, seja possível garantir melhoria contínua dos serviços e, principalmente, dos fluxos de atendimento.
“Com a colaboração dos profissionais da Saúde que estão nos ajudando e participaram da reunião, pudemos nos aprofundar um pouco mais sobre a operação de alguns contratos e demandas, que nos preocupam bastante, para que possamos voltar a colocar a agenda da saúde em dia na cidade”, destaca Téo Cusatis.
Santa Casa
A visita do vice-prefeito eleito à Santa Casa de Mogi foi acompanhada pelo cirurgião dentista e ex-secretário de Saúde de Mogi, Claudio Miyake, e pela presidente da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Maria Camila Lunardi.
“Observamos a superlotação do Pronto-Socorro e pacientes com diagnósticos que não necessariamente deveriam ser encaminhados à Santa Casa. A rede de urgência e emergência das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) é uma questão de prioridade para a mim e para a Mara, e precisa ser melhorada. Por isso, estaremos até o próximo dia 31 de dezembro conhecendo toda a rede municipal de saúde, observando cada detalhe, para que possamos começar 2025 já apresentando melhorias”, enfatiza Téo.
Maria Camila, após a visita à Santa Casa, reforçou a necessidade de reabertura do Pronto-Socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo ou a implantação de outra unidade de urgência e emergência em Mogi das Cruzes. “Hoje existe uma divisão das UPAS e alguns pacientes vêm para a Santa Casa e outros vão para o Luzia, o que está gerando um problema muito grande, porque a estrutura da Santa Casa, para complexidade, é muito menor do que a do Luzia. Então, se você traz para a Santa Casa um paciente de alta complexidade, ele vai ter que ser transferido novamente ao Luzia ou para outro lugar, às vezes até mais longe. Além do duplo trabalho, os tratamentos do paciente são postergados”, considera.
A presidente da Abramede também afirma que não adianta encaminhar um paciente à Santa Casa sem saber se há disponibilidade de leito. “Se ele estiver com uma lesão, por exemplo, pode ser atendido na Santa Casa, mas se tiver um politrauma e for preciso ficar meses no hospital, é mais interessante levá-lo ao Luzia. Por isso é essencial que todos os pontos de atendimento saibam o que está acontecendo no sistema, de modo geral. Às vezes, não adianta a ambulância levar o paciente para o hospital mais perto, porque não será o melhor para ele. Quando a rede está interligada e todos sabem o que está acontecendo em cada unidade, não há erros de entrega de pacientes”, completa.