
Silvia Chimello
Para evitar que alunos fiquem sem aulas por falta de professores, a Prefeitura de Mogi das Cruzes está contratando, em caráter emergencial, 97 novos docentes para a rede municipal de ensino. A medida vem em resposta a reclamações de pais e responsáveis sobre a ausência de professores em salas de aula, o que pode gerar prejuízos no aprendizado dos estudantes.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, as contratações serão feitas por meio de um Processo Seletivo Simplificado. O objetivo é suprir afastamentos imprevistos, como licenças médicas, exonerações, aposentadorias e readaptações de função. Segundo a Prefeitura, os contratos de muitos professores atuais se encerram entre maio e junho, sem possibilidade de prorrogação, o que torna urgente a reposição.
Desde o início do ano, a Prefeitura já autorizou o ingresso de 94 professores, dos quais 66 já iniciaram suas atividades. Até o momento, cerca de 435 classes já foram atribuídas a docentes substitutos, sendo 54 só em janeiro e o restante entre fevereiro e abril. Atualmente, 15 turmas estão em processo de atribuição, geralmente atendidas por equipes gestoras, professores com carga suplementar ou docentes da própria escola.
O problema também está sendo acompanhado pela Câmara Municipal. O vereador Mauro Araújo (MDB), “após receber queixas de pais de alunos”, apresentou um requerimento cobrando informações detalhadas sobre a situação do quadro de docentes. Ele questiona quantos professores estão afastados, quantos foram realocados para outras funções e qual o impacto desses afastamentos nas escolas.

Vereador Mauro Araújo – Foto: Divulgação CMMC
O parlamentar também solicitou informações sobre a previsão de novos concursos ou convocação de candidatos aprovados anteriormente, além de dados sobre o tempo médio entre a aprovação em concurso e o início das atividades em sala de aula. Em sua fala, ele destacou casos em que funcionários administrativos e auxiliares precisaram ficar em sala de aula para evitar que alunos fossem mandados de volta para casa.
“Entender como se dá a reposição de professores é essencial para garantir o funcionamento pleno da rede e a qualidade do ensino”, reforçou Araújo, que espera a resposta da Prefeitura a fim de avaliar a situação e verificar como a Câmara poderia ajudar a buscar alternativas para evitar impacto negativo aos alunos da rede pública municipal.