Após três meses e meio do lançamento da pedra fundamental de uma nova escola em Taiaçupeba, feito pelo prefeito Caio Cunha (Podemos), a única coisa que mudou no terreno foi a colocação de tapumes pela empresa contratada Tropico Construtora e Incorporadora. Tirando o bloco que havia sido assentado por Cunha, no ato amplamente divulgado pela Prefeitura, mais nenhum outro foi colocado, nenhuma fundação feita, nenhum vergalhão erguido. Nada. A empresa diz que aguarda a liberação de verba para dar início aos trabalhos. A Vanguarda apurou que a Administração Municipal não tem dinheiro para sequer começar a construção.
No dia 15 de junho deste ano, Cunha foi até a área, localizada na Rua Santa Clara, s/n, ao lado do CEIM Júlia de Moraes Siqueira – CEIC Vitória II, e fez o lançamento da pedra fundamental da nova unidade escolar, que promete atender até 400 alunos de ensino fundamental em período integral. “Estamos olhando com o maior carinho possível para locais mais afastados da cidade, e o lançamento dessa pedra fundamental representa um futuro ainda melhor para a educação de Taiaçupeba”, declarou o prefeito, na ocasião.
“Temos trabalhado para melhorar a acomodação em todos os setores da Educação e, com essa perspectiva, conseguimos inaugurar unidades e começar essa obra. É uma escola do jeito que nossos alunos merecem”, declarou a secretária de Educação, Marilu Beranger, que esteve acompanhada pela secretária adjunta da Pasta, Mariane Prestes. “Estamos muito felizes, porque é a concretização do trabalho que planejamos e executamos desde 2021”, concluiu, na época.
Mas tudo não passou de projeto. Nada andou. A Vanguarda entrou em contato com a empresa contratada e falou com um dos diretores, que preferiu não ser identificado na matéria. Ele informou que o contrato ainda está vigente, mas que a Trópico ´depende de recursos financeiros para começar a obra`. Também afirmou que a única coisa que foi feita foi a colocação dos tapumes. Obtivemos informações internas, extraoficiais, de que o Executivo não tem recursos para iniciar a obra, que necessita de um investimento de R$ 13.523.975,05.
A reportagem da Vanguarda questionou a Prefeitura sobre a demora para o início das obras e os motivos pelos quais os trabalhos não foram iniciados, mas até a publicação desta matéria não houve retorno por parte do departamento de comunicação.