Desde que anunciou a sua última turnê, Tempo Rei, Gilberto Gil tem dado entrevistas sobre o assunto e, aos poucos, entregado algumas pistas do que o público pode esperar das apresentações. Essas dicas, somadas à importância que o artista representa para a cultura brasileira, têm resultado em uma busca intensa pelos ingressos da tour.
Não à toa, as datas de 11 e 12 de abril, no Allianz Parque, emSão Paulo, acabaram de garantir ocupação máxima. O cantor e compositor aproveita este momento para anunciar uma terceira oportunidade para os fãs comparecerem ao show na capital paulista: 26 de abril, também no Allianz Parque. O período de pré-venda, para a nova data, para clientes do Banco do Brasil com cartões Ourocard Visa já começou no site da Eventim(acesse aqui). O período de pré-venda se encerra às 10h do dia 5 de setembro. A venda geral começa ao meio-dia, do dia 5 de setembro, também no site da Eventim.
A pré-venda exclusiva para clientes do BB com cartões Ourocard Visa dá 30% de desconto sob ingresso de inteira, exceto as taxas de conveniência, com parcelamento em até 5x sem juros com Ourocard Visa, limitado a seis ingressos por CPF em cada categoria de ingressos. O desconto não é cumulativo à meia entrada ou entrada social.
Em uma realização da produtora 30eem parceria com a Gege Produções, Tempo Rei passará por 9 cidades do Brasil e também contará com datas nos Estados Unidos e na Europa.
Da religião à física, passando pela filosofia e pela literatura, são inúmeras as tentativas de definir o conceito de tempo. Quando Gilberto Gil compôs “Tempo Rei”, em 1984, ele propunha uma resposta à canção “Oração ao Tempo”, de Caetano Veloso. Enquanto a música do seu conterrâneo (e contemporâneo) surge com uma ideia de que o tempo e aquele que o inventou desaparecerão, a letra de Gil traz um vago desejo de permanência e transformação. Não à toa, Gilberto Gil escolheu TEMPO REI para dar nome à sua última turnê.
Gilberto Gil vem amadurecendo a ideia de não realizar mais turnês há algum tempo (!). É uma reflexão que ele enxerga como natural e a decisão visa diminuir a intensidade de sua agenda. Há também uma mudança de perspectiva: agora menos centrada no plano material e mais próxima à espiritualidade. A turnê TEMPO REI será a experiência de celebrar a ampla obra musical do cantor e compositor baiano, trilha sonora que está enraizada na cultura do país, além de estar presente no DNA de todo brasileiro.
O princípio de Gilberto Gil na música foi com o acordeão (inspirado por Luiz Gonzaga), nos anos 1950. E sua sonoridade foi se moldando no passo em que outras referências chegaram ao seu alcance. De João Gilberto e da bossa nova a Dorival Caymmi; até que ele se conectasse com o violão – instrumento que abriga as harmonias particulares de sua obra até hoje. Com o passar das décadas, ficou evidente uma unidade muito preciosa no catálogo fonográfico de Gil, com canções que sempre retrataram o país, e uma musicalidade moldada por formas rítmicas e melódicas muito pessoais.
O desafio da última turnê será, justamente, o de condensar esse tesouro nacional e levá-lo para o palco, enaltecendo o cancioneiro e os vários Gilbertos que conhecemos: o cantor e compositor; o tropicalista que foi preso pela ditadura militar e se exilou em Londres; o Ministro da Cultura; o imortal da Academia Brasileira de Letras; o Doutor Honoris Causa pela Berklee College of Music, em Boston (EUA); o que detém o título de “doutor honoris causa” da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); e o patriarca de uma família musical.
“Foram vários os elementos que ponderei para chegar na decisão da realização de uma última turnê. Houve reflexão sobre este mercado e também sobre a exigência física necessária para esses grandes shows. Quero continuar fazendo música em outro ritmo, mas, antes, teremos essa celebração bonita junto do público e da família. Transformai as velhas formas do viver”, afirma Gilberto Gil.
Com direção artística de Rafael Dragaud, direção de musical de Bem Gil e José Gil e acompanhado por uma mega banda composta por Bem Gil (guitarra), José Gil (bateria), João Gil (baixo), Nara Gil (voz), Flor Gil (voz), Mariá Pinkusfeld (voz), Diogo Gomes (sopro), Thiago Oliveira (sopro), Marlon Sete (sopro), Danilo Andrade (teclado), Leonardo Reis (percussão), Gustavo Di Dalva (percussão), Mestrinho (sanfona) e ainda um quarteto de cordas, Gilberto Gil fará uma apresentação que celebrará de forma imersiva e sensorial a entidade mais intrigante da experiência humana: o TEMPO. Lembrando que, para Gil, o tempo é simplesmente o AGORA. E esse é o convite e a proposta do artista: embaralhar as cartas de sua própria história e viver com o público um espetáculo que o Brasil e o mundo irão guardar para sempre na memória.