A morte do jogador de futebol Juan Izquierdo, do Nacional, do Uruguai, em decorrência de uma arritmia cardíaca, chocou o mundo esportivo. O atleta sofreu um mal súbito em campo e não resistiu. O zagueiro tinha apenas 27 anos. O caso acendeu o alerta sobre a patologia e os limites da prática esportiva. O cardiologista e médico do Esporte do Imot, de Mogi das Cruzes, Roberto Moretti Secomandi, alerta: o acompanhamento médico e a realização de exames para detecção dessa condição são imprescindíveis, não apenas para atletas, mas para qualquer pessoa antes mesmo de iniciar a prática esportiva.
Mais comum do que se imagina, e com faixa etária cada vez menor, casos de pacientes com problemas cardíacos têm aumentado nos consultórios. Por isso, antes de calçar o tênis e sair por aí se exercitando, é indicada uma visita ao especialista. O Imot Care tem disponível uma equipe de profissionais de diversas áreas para atender desde atletas de alto rendimento até futuros praticantes de esporte. A porta de entrada é, justamente, a partir do atendimento com especialista em cardiologia ou médico do Esporte.
Segundo Secomandi, problemas no coração podem comprometer o desempenho do paciente e até levar a situações graves, como desmaios e infartos. “O eletrocardiograma é o exame de triagem e só ele já diminui em 7 vezes a possibilidade de um evento cardíaco. E os demais exames e procedimentos são individualizados”, explicou.
Entretanto, o diagnóstico de uma arritmia não é uma sentença. De acordo com o cardiologista, há várias situações e graus de arritmia que vão exigir desde um acompanhamento médico, uso de medicamentos ou casos em que é preciso colocar marca-passo.
Sinais
A arritmia é considerada uma doença silenciosa, mas há alguns sinais que devem ser observados e investigados pelo médico. Segundo Secomandi, sintomas como palpitações, dor no peito, taquicardia, tontura ou falta de ar devem ser levados em conta e relatados ao cardiologista.