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Rafael Cervone (Foto: Divulgação)

Artigo: “A indústria de todos nós” por Rafael Cervone



Rafael Cervone*Numa tarde ensolarada de outono, duas crianças brincam no quintal de sua casa, numa pequena cidade do interior paulista. O menino faz buracos na areia com uma miniescavadeira. A menina, com um estetoscópio no pescoço, examina suas bonecas. Os brinquedos, produzidos no chão de fábrica, acalentam as primeiras vocações e exercitam a imaginação criativa.

Porém, a indústria não está presente apenas na alegria e nos sonhos da infância, mas também nas vidas de todas as pessoas, nos computadores e celulares, nos calçados e roupas e nos móveis das famílias. Encontra-se nos ônibus e no metrô, no aparelho médico que salva vidas, nos caminhões, no fogão, na geladeira e nos instrumentos musicais. Está nas estradas, nos aviões, nas bolas de futebol, nos navios, nos hospitais, nos livros, nas escolas, nas casas e nas empresas.

Por essas boas razões, o Dia da Indústria, 25 de maio, celebrado no outono de todos os brasileiros, merece especial comemoração. A data homenageia Roberto Simonsen, patrono do setor, falecido nessa data em 1948. A manufatura nacional ganhou impulso após a Primeira Guerra Mundial, quando as dificuldades de importação abriram espaço para a produção doméstica. O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) faz parte dessa história, pois nasceu naquele triste contexto geopolítico global, com o propósito de contribuir para o fomento das fábricas brasileiras. Foi fundado em 1928, reunindo lideranças de coragem e apaixonadas pelo Brasil, como Francisco Matarazzo, Jorge Street, José Ermírio de Moraes e o próprio Simonsen.

Mais do que uma entidade de classe, representou mudanças de mentalidade, difundindo a consciência de que o Brasil precisava não apenas produzir, mas inovar. Hoje, apesar dos desafios das últimas décadas, o setor mantém-se importantíssimo para nossa economia.

O Brasil precisa, mais do que nunca, de uma nova reindustrialização, como preconizam as entidades representativas do setor e como prometem alguns programas governamentais em curso. Não se trata de um objetivo ligado à nostalgia de um passado de conquistas. É um fator determinante para um futuro mais justo e próspero, pois, desde os brinquedos dos quintais do outono até o conjunto de bens manufaturados que sustentam a primavera do desenvolvimento, o setor é uma das principais forças que transformaram nosso país em uma verdadeira nação.

*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) e primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Publicado em: 23 de maio de 2025

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