
Por Sabrina Pacca
Mogi das Cruzes e Região voltam a contar com o atendimento direto no Pronto-Socorro (PS) do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo. A unidade, que desde fevereiro de 2021 funcionava exclusivamente como referência para atendimentos de média e alta complexidade, passa a receber novamente pacientes em regime de porta aberta, conforme confirmação da Secretaria de Estado da Saúde. No entanto, somente os casos de urgência e emergência serão tratados no local, seguindo avaliação médica.
Veja, na íntegra, a nota encaminhada à reportagem da Vanguarda pela assessoria de imprensa da pasta. ´O Hospital Luzia de Pinho Melo informa que é uma unidade de referência para os casos de urgência e emergência da região. Todos os pacientes que buscam a unidade, são atendidos conforme quadro clínico e classificação de risco. Para os casos leves, a unidade orienta que os pacientes procurem as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou Unidades Básicas de Saúde (UBSs), administradas pelos municípios`.
A Vanguarda buscou essa informação depois de ter recebido a cópia de uma circular que teria sido feita pela diretoria do Luzia e encaminhada aos médicos. Aliás, o documento, pelo que apurou a Vanguarda, estaria causando alarde entre os profissionais que temem a superlotação. Desde abril a ordem é para que a triagem seja feita também por um médico. Até então, por não poder negar assistência, pela força da lei, apenas a enfermagem fazia essa triagem. Veja o que diz a circular:
A reabertura representa uma mudança significativa após mais de três anos de restrições. O Pronto-Socorro havia sido fechado em 1º de fevereiro de 2021, em uma decisão do Governo do Estado que transformou o hospital em unidade referenciada. A partir de então, o Luzia passou a receber apenas pacientes graves encaminhados por ambulâncias do SAMU, Corpo de Bombeiros ou por transferências autorizadas de outros serviços públicos de saúde.
A medida, embora justificada pelo Estado como necessária para qualificar o atendimento hospitalar de maior complexidade, provocou forte reação de políticos locais, profissionais da saúde e da população, que denunciaram a sobrecarga em outras unidades, como a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes.
Em visita a Mogi das Cruzes, neste ano, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a construção de um novo Pronto-Socorro ao lado do Hospital Luzia, em parceria com a Prefeitura de Mogi, mas ainda não se sabe se esse projeto está mantido, apesar da Cidade precisar sobremaneira desse serviço. Com o retorno do atendimento direto no Luzia, a expectativa é de que haja um alívio imediato no fluxo das UPAs e da Santa Casa. O movimento também simboliza uma resposta concreta às reivindicações feitas por lideranças locais ao longo dos últimos anos.
A Secretaria de Estado da Saúde reforça que os atendimentos seguem priorizados por critérios clínicos e pela classificação de risco, garantindo que casos mais graves recebam o cuidado necessário com maior agilidade e que os casos não urgentes sejam encaminhados às UPAS e Unidades Básicas de Saúde.