O vereador eleito em outubro passado, Felipe Lintz (PL) falou com a reportagem da Vanguarda nesta quarta-feira (08), após ter divulgado um vídeo em suas redes sociais, na noite de terça-feira (7), em que mostra o que seria estilhaços e restos de uma bomba que, segundo ele, foi atirada em sua garagem por uma pessoa em uma moto, segundo as imagens das câmeras de segurança da residência dele. Lintz registrou o boletim de ocorrência no 3º DP, em César de Souza, e aguarda as investigações. Ele afirma que, durante a campanha, sofreu uma ameaça via Instagram que partiu de um militante de esquerda.
Lintz contou à Vanguarda que havia saído para jantar com a família em um restaurante da Vila Oliveira e, o retornar, o sobrinho, de dois anos, acabou dormindo no carro, como muitas crianças fazem. Ele diz que o menino tem dificuldades para dormir e, então, ele e a esposa optaram por deixar a criança no veículo, com as portas abertas, no bebê conforto, para garantir que o sono estivesse profundo na hora de levar para o quarto.
Foi nesse momento que a bomba foi arremessada, de fora, para dentro da garagem. ´Fiquei muito preocupado porque poderia ter atingido meu sobrinho`, disse o vereador, no vídeo. Ele contou que tem a guarda provisória da criança.
Lintz afirmou que esteve, nesta quarta, com o secretário municipal de Segurança, tenente Gilberto Ito e com a adjunta, Thaís Nascimento. ´Nós entramos em contato com o 17º Batalhão da Polícia Militar que também vai ajudar nas investigações e na captura dos responsáveis. As câmeras foram enviadas para a Polícia Civil que fará a análise. Tomei providências para aumentar a segurança na minha casa e estou andando com policiais armados o tempo todo`, afirmou o vereador.
Sobre a motivação para o crime, Lintz levantou algumas hipóteses, mas nada por ser afirmado até que as investigações terminem. ´Essa questão de eu ter ído na UBS do Botujuru e mostrado o vídeo pode ser só uma coincidência. Acho que seria muito difícil descobrir a localização da minha casa, em cima da hora, porque tomo cuidado com isso. O aluguel não está no meu nome e sim no nome de terceiro, tampouco as contas chegam no meu nome. Os policiais acham que este indivíduo não agiu sozinho e que tem um grupo me monitorando, mas vamos pegar todos eles`, salientou.
O vereador disse, ainda, que acredita que o atentado também possa ter ligação com o fato dele ter uma ideologia política de extrema direita, sendo ferrenho defensor de Jair Bolsonaro em Mogi. `Durante a campanha eu sofri uma ameaça feita a mim por um militante de partido de esquerda, no meu Instagram, dizendo que quando eu estivesse desprotegido ele iria me agredi. Também tem uma questão de que há dois dias postei um vídeo dizendo que eu iria desmascarar a gestão do prefeito Caio Cunha com algumas denúncias e ainda assim vamos denunciar sim. Confio que as investigações irão apontar os culpados e eles vão pagar por isso`, destacou, lembrando que recebeu uma ligação da prefeita Mara Bertaiolli, do mesmo partido, se solidarizando com ele e sua família e se colocando à disposição.
