O Fórum Mogiano LGBT+ divulgou nesta sexta-feira (23) um levantamento, realizado pelo ativista mogiano Gustavo Don, de registros de ocorrência de crimes de homofobia e transfobia na cidade de Mogi das Cruzes nos últimos anos. Através da plataforma “”FalaSP” de ouvidoria e pedidos de informações do Governo do Estado de São Paulo, a associação solicitou a quantidade de registros de ocorrência na “Delegacia da Diversidade Online”, canal específico para registros de ocorrências de homofobia e transfobia na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil, nos anos de 2021, 2022, 2023 e até o mês de Julho de 2024, na data do pedido de informações.
Segundo os dados encaminhados pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DTI/Dipol), no ano de 2021 quando foi criada a “Delegacia da Diversidade” não houve registros de ocorrências, já em 2022 houve o registro de 29 ocorrências e no ano de 2023 foram 77 ocorrências, um aumento de 165,52% comparado ao ano anterior. Neste ano de 2024, até o dia 19 de Julho já foram contabilizados 63 ocorrências de homofobia e transfobia.
Para o ativista Gustavo Don, autor do levantamento, é preciso ter políticas públicas: “Esses dados alarmantes, mostram a necessidade urgente de se ter políticas públicas voltadas ao combate a discriminação LGBTfóbica em Mogi das Cruzes. Lamentavelmente vimos poucas ações do poder público e neste ano eleitoral exigimos que as candidaturas a Prefeitura e a Câmara Municipal se posicionem sobre o que irão fazer para combater essas violências que estão registradas de forma oficial pelo Governo do Estado de São Paulo”.
Lembrou ainda sobre a subnotificação: “Apesar dos altos casos, ainda é muito pouco divulgado os meios para denunciar e registrar ocorrências. Acredito que muitas vítimas não conseguiram denunciar e precisamos estimular essas pessoas a buscar seus direitos e proteção”.